ATIVIDADE 4.3
Após realizar a leitura do texto de
Silvio P. Costa “Mídias-Educação no
contexto escolar; Mapeamento crítico dos trabalhos realizados nas escolas de Florianópolis”
é possível realizar uma reflexão de questões que se fazem presente
em nosso contexto educacional, no que diz respeito ao uso das mídias. Achei
interessante um trecho citado pelo autor que considerava relevante repensarmos
a prática escolar como relação ao uso das mídias na educação ele diz que “não
há mídia que não possa ser usada na escola. É uma evolução natural a integração
das mídias nas escolas. O uso dessas tecnologias depende de como a prática
pedagógica é realizada: serve somente para transmitir conhecimento ou nos
impõem um novo desafio, o de usá-las para novas transformações.
Ressalto que ao meu ver essa integração
deve ser feita desde a educação infantil Para as crianças destas idades, o
CD-ROM, por exemplo, pode contribuir decisivamente para o desenvolvimento das
capacidades de observação e reflexão, de coordenação psicomotora ou para o
despertar dos sentidos.
As potencialidades dos recursos de mídia
reúnem simultaneamente a imagem, a cor, o som e os efeitos visuais e sonoros
que conseguem prender a atenção da criança.
As práticas pedagógicas
que utilizam as tecnologias de forma planejada permitem que o aluno desenvolva
autonomia, tão fundamental no nosso mundo cada vez mais disputado, acesso à
informação com rapidez e facilidade, desenvolvimento de competências de análise
e reflexão, organização do pensamento, trabalho simultâneo com vários
participantes em diversas partes do mundo, exposição de pensamento através de
sites ou blogs ou até mesmo em comunidades virtuais, registro de sons e imagens
e vídeos, tradução de textos em várias línguas. Tudo isso por meio de um
trabalho interdisciplinar.
É claro que nessa formação do aluno, o
professor tem um papel decisivo.
Cabe ao professor a orientação, a
relação de confiança e acompanhamento. Propor projetos para desenvolver a
motivação e associar o domínio das tecnologias às suas realizações.
Enfim, a integração das mídias nos
processos de aprendizagem pode constituir um fator de inovação pedagógica,
proporcionando novas modalidades de trabalho na escola. Porém, a escola tem de
acompanhar as transformações sociais. A escola, por natureza lenta, analítica e virada para o passado, tem de ser capaz
de se tornar mais atraente e realmente acessível.
Cabe à escola transformar-se de simples
transmissora de conhecimentos em organizadora de aprendizagens e reconhecer que
já não detém o monopólio da transmissão dos saberes, proporcionando ao aluno os
meios necessários para aprender a obter a informação, para construir o
conhecimento e adquirir competências, desenvolvendo simultaneamente o espírito
crítico.
Atualmente não é mais viável o simples
fornecimento de equipamentos, pois isso não contribui para atingir estes
objetivos, o necessário sim é a transformação de atitudes da escola , dos
professores e principalmente do poder público que perceba que a educação
precisa realmente ser coerente com a era do conhecimento.
Essa transformação vai exigir que os
professores reconheçam que já não são os detentores da transmissão de
conhecimento e aceitem que as novas gerações têm outros modos de aprendizagem.
E ao poder público o efetivo comprometimento com uma escola voltada e
organizada para o emprego dos recursos tecnológicos .
“Mídias só podem servir de fonte de
acesso ao conhecimento se forem integradas, dentro ou fora da escola, no quadro
de um projeto ou de uma metodologia. (…) É urgente definir uma nova função
da escola na sociedade atual. A questão mais importante é a de saber como vamos
fazer uma educação democrática para todos ou, pelo menos, para uma maioria. (…)
Devemos construir um discurso sobre a nova função da escola na sociedade
tecnológica e criar práticas novas (Jacquinot, 1995)”.